quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Retrato.

Vida de Bicho

Reis e Ratos (Salve-se quem puder)



Elenco: Selton Mello, Otávio Müller, Rafaela Mandelli, Ora Figueiredo, Rodrigo Santoro, Cauã Reymond, Paula Burlamaqui, Seu Jorge, Élcio Romar, Helio Ribeiro, Kiko Mascarenhas, Oberdan Jr. Direção: Mauro Lima Gênero: Drama Duração: 111 min.

Sinopse: Na Rio de Janeiro de 1963, o clima de conspiração afeta uma série de personagens relacionados, de alguma forma, ao cenário político da época. Um deles é Troy (Selton Mello), agente da CIA que vive no Brasil e passa a duvidar de sua fidelidade com sua terra natal. Com a ajuda de seu comparsa brasileiro, o Major Esdras (Otávio Müller), ele planeja uma armadilha para o presidente que pode atrapalhar os planos do Golpe Militar. Totalmente filmado em preto e branco, o longa reproduz a atmosfera noir dos filmes policiais da época e se desenvolve com a ajuda de flashbacks e da perspectiva de todos os envolvidos na trama.

Gentem, mesmo dodói, neste domingo que passou, eu e minha mãe fomos assistir o filme Reis e Ratos, e como fiquei mega, ultra, hiper irritada, resolvi vim até aqui e contar para vocês o que eu achei... desculpem se for um desabafo. kkkk


Não sou perita, nem tampouco afirmo segurança no entendimento do universo do cinema, contudo, acredito que não precisa de muito  para enxergar que a a trama e as subtramas do filme, são no mínimo, mal encadeadas. 


As coisas vão acontecendo no decorrer da história, de uma forma em que parece que os acontecimentos vão ocorrendo sem demonstrar nenhuma ligação entre eles, causando uma confusão em quem assiste, que logo no início, já não sabe o que tem haver com que, e quem é aquele personagem que apareceu sem contexto nenhum.


A frouxidão da trama e o amontoado de composições e pontas, o filme Reis e ratos causa cansaço nos espectadores, que no menos pesar, se sentem desorientados com o roteiro que, ainda não consigo identificar se é uma comédia ou um suspense.


Tudo isso é uma pena, pois grandes atores fazem parte do elenco, como Selton Melo (Sou fã-Amoo), Rodrigo Santoro (que deu show de interpretação), Otávio Muller, Bel Kutner, Cauã Reymond, Seu Jorge (que faz uma participação até divertida), e esse time poderia render algo muito legal, o que não foi o caso.


Como destaquei acima, o que me livrou da revolta em ter pago para assistir o filme  e ser decepcionada, além de ver o Selton Melo ( kkkk),  foi o fato poder prestigiar a interpretação e construção do personagem do Rodrigo Santoro, que como eu frisei acima, foi esplendoroso. Ele surpreende e se distancia da imagem de galã, dando vida ao asqueroso  Roni Rato,que na minha opinião, é o personagem mais rico e interessante da trama.




Bom, apesar de o filme ser considerado pelo elenco e produtores como uma "brincadeira entre amigos", infelizmente tenho que dizer que foi uma tentativa mal sucedida de fazer filme brincando. A não ser que a intenção era criar um vídeo para ser reproduzido na confraternização de natal dos colegas.


Afffff...

Evoé

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Apesar do pouco tempo... você é minha melhor lição

Você está online. Bom para mim. Bom para nós dois. De repente, não sei como iniciar a conversa. Existe em mim um mix de curiosidade e medo. Não te conheço muito, então não sei como começar ou por onde começar. E esse mesmo fato – de conhecer pouco – me inspira, me excita em querer saber mais, perguntar, indagar, ver... É como se eu soubesse quão caro, especial você é – mesmo com tão pouca convivência (fazer o quê? Eu sinto isso aqui dentro!) e a possibilidade de não te ter mais online me assusta. A distância de uma próxima conversa me pesa. Há o medo de não viver agora tudo o que o amor me proporcionaria viver contigo. E, de repente, nessa madrugada fria e cheia de ressaca de carnaval gostaria de ter o conforto dos teus braços, o conforto do teu amor. A certeza de que estaria online em sua vida durante as próximas horas, os próximos dias, os próximos meses. Isso! Numa rede globalizada onde tudo é muito fast, muito deletável procuro uma segurança, uma estabilidade que encontrei no exato instante em que você me olhou. Ao mesmo tempo em que seu olhar me desnudava e eu me sentia inseguro e desprotegido, eu me via cuidado, tocado, acessado no mais íntimo. Recordo-me como se fosse hoje. Você chegou perto. Viu-me triste, confuso, olhar vago. Olhou para mim e aquele olhar me trouxe paz, trouxe certeza de alento, trouxe norte para uma confusão vivida e que nem eu sabia nomeá-la, mas você fez isso no silêncio do seu olhar. Você disse: “Sei que não é costume oferecer flores para homens. Mas estou pouco me lixando para isso. Estou aqui porque não quero te perder por causa de um ciúme bobo. Estou aqui porque quero ser presença na ausência que mesmo cavei. Então, no auge de minha incoerência busco no seu exemplo de amar, forças para continuar tentando te conquistar a cada dia, diante de cada erro meu, sabendo que você é minha melhor lição para ser aprendida”.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O carnaval melhor do meu Brasil!


Falam tanto que meu bloco está,
dando adeus pra nunca mais sair.
E depois que ele desfilar,
do seu povo vai se despedir.

Do regresso de não mais voltar,
suas pastoras vão pedir:
Não deixem não, que o bloco campeão,
guarde no peito a dor de não cantar.
Um bloco a mais é um sonho que se faz
o pastoril da vida singular.

É lindo ver ver o dia amanhecer,
ouvir ao longe pastorinhas mil,
dizendo bem, que o Recife tem,
o carnaval melhor do meu Brasil


Começou hoje, oficialmente, o carnaval do nosso Recife e o palcos e coxias vem desejar a todos bons dias de festa e muita folia!
Brinquem com muita paz e se joguem nas ruas do belo recife antigo e Olinda e de todos os polos multiculturais espalhados por nossa cidade.

Teremos grandes shows, com grandes nomes da música como Lenine, Ney Matogrosso, Seu Jorge, Roberta Sá, Lulu Santos, Naná Vasconcelos, Siba, Renata Rosa, Lucas e a Orquestra dos Prazeres, todos saudando o grande homenagiado do carnaval 2012, o mestre Alceu Valença.

Por isso vem, que o Recife tem o carnaval melhor do meu Brasil!!!!!

Evoé

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Reduto dos poetas

Sábado. 9 horas. Lá fora um dia ensolarado. Aqui, dentro de casa, uma alegria cor do sol. Clara, coloca uma roupa simples, leve, refrescante para andar sobre o calor de Recife. Arruma o cabelo com algo parecendo um grande palito de dentes. Coloca um colar, simples e que tem uma mandala pendurada. Um batom cor de rosa. Um perfume doce. Pega papel, caneta, uma sacola artesanal e sua filha, Patrícia, de 8 anos. Clara, diz que levará a filha para fazer poesia. Ou melhor, conhecer o reduto dos poetas recifenses. Patrícia, repito, no auge dos seus 8 anos, não entende muito, pois não sabe o que significa “reduto dos poetas”. Mas segue a mãe. Enquanto a mãe dirige, Patrícia brinca com seu celular. Quando Clara para o carro e pede para Patrícia descer, a menina toma um susto. “Estamos na feira? Isso aqui é o re...re... não sei o que dos poetas?” Clara ri. Puxa a menina e promete mostrar-lhe tudo com calma. Patrícia aos poucos vai olhando a mãe andando pelos corredores do chão escuro, porém com mesas coloridas pelas frutas. A cada fruta que Clara pega parece ser uma sinfonia poética, ela cheira, ri, vislumbra, enamora da fruta. No olhar dela, reflete-se muito mais do que a beleza da fruta. Percebe-se uma beleza futura. Patrícia, começa entender que aquele lugar parece ser mágico para sua mãe. Pois produz nela uma liberdade sem igual. Uma liberdade colorida. Cores de maçã, laranja, abacate, acerola, manga, melancia... enfim, uma cartela de cores aromáticas. Clara volta para o carro. Mais feliz do que entrou. A sacola parecia estar cheia de tesouros. Pesava um pouco. No entanto, a sacola era conduzida como um troféu, como um baú contendo relíquias. Relíquias... coloridas, cheirosas. Patrícia, parece compreender melhor quando mais tarde, vê sua mãe preparando o jantar na cozinha. Clara canta, dança, suja, lava etc. A cozinha é um palco onde a atração principal não é a comida, mas sim a alegria, a força emotiva, o sorriso que sua mãe colocava em tudo o que fazia. A noite chega. A sala está limpa, bela e iluminada com velas. Patrícia já está dormindo. Ou, ao menos, deveria estar. Patrícia levanta da cama. Vai até a sala. Esconde-se um pouco na sala de jantar. Ao longe, vê as velas, a mesa posta. Sente um cheiro delicioso de comida. Vê sua mãe lindamente vestida. Contudo, tal beleza parecia ter outra fonte. Era um jantar entre Clara e o marido. Eles riam. Bebiam. Beijavam-se. Abraçavam-se... Patrícia volta para o quarto. E pensa alto: “Mamãe só não me disse que esse tal reduto dos poetas era sócio da alegria de amar o papai. Porque a poesia de mamãe, hoje, não foi a feira, mas foi amar o papai em todos os momentos desse dia!”

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O amor...

Em casa. Deitado no quarto. Sozinho. Fico a questionar-me sobre o amor. Palavra pequena. Mas que encerra em si muita coisa. O amor é certeza. Mas para alguns, ou até para as mesmas pessoas, em outro momento, é dúvida. O amor é força, mas também é delicadeza de um lavar os seus pratos. O amor é força de escolha, de decisão, mas também é leveza ao dar-te uma flor colhida hoje de manhã cedo só para fazer seu dia melhor. O amor é beleza ao ver seu rosto, seu sorriso, mas também é feiura ao pensar no egoísmo e no ciúme que escondido nutro de ter e querer você só para mim. O amor é presença, mas também é ausência que alimenta a saudade. O amor é coragem para escolher você diante de todos, mas também é covardia em não querer te perdoar pelos erros que outrora eu também já cometi ou que, no mínimo, também posso cometer pela condição de humano que me toca. O amor é sorriso, mas também é choro. O amor é você, mas também é você e seus amigos, sua família, suas histórias... Amor. Palavra que traz tanto significado. Tanto sentimento misto. Tantos sentidos. Tudo isso só porque não estou com você, aqui. Pois do seu lado, o amor só tem um sentido, uma verdade, uma sentença: nós!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Devolve-me

...Não me olha assim! Eu fico sem graça, sem jeito. Ué, você deitado, nu ao meu lado nessa cama e vem me dizer que fica sem graça porque eu te olho? É... sei lá... acho que não sei lidar com demonstração de afeto gratuita. Que demonstração de amor maior do que nossa noite? Vai, vira. Deixa eu te olhar. Mas por que você tem essa fixação em ficar me olhando. Às vezes, eu estou dormindo e quando acordo você está me olhando, me vigiando. Sem falar que ... Está bem, vou lhe dizer. Gosto de ficar te olhando, te encarando porque através do seu olhar eu não vejo só isso o que está na minha frente, mas posso ver a grandeza do mar, a esperança. Sabe, o seu amor é tão forte que acorda o que em mim há de mais adormecido. Seu amor devolve-me a esperança como a terra árida almeja a chuva. Devolve-me a alegria como uma criança desejosa de algodão doce numa manhã de domingo. Seu amor devolve-me a mim mesmo. Para que, depois, inteiro, eu possa dar-me a ti. Sendo assim, não recebes uma parte de mim, ou fragmentos meus, mas recebe-me inteiro, completo. E sendo todo teu, ao mesmo tempo, sou meu. Porque amar é isso: é encontrar alegria diante do sorriso do objeto amado. É encontrar a parte mais bela de um olhar que consegue traduzir tudo isso em apenas uma palavra: seu nome. Por isso, dizer seu nome, repetir seu nome é como repetir uma oração que devolve vida ao recôndito mais escuro, secreto e vazio de mim mesmo. Seu nome, minha esperança...