sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Agenda!



Outubro se despede com final de semana cheio de bons Espetáculos.

Como tudo que é bom acaba logo o Festival de dança passou rapidinho, mas ainda dá tempo de assistir as ultimas apresentações.

Que venha Novembro, trazendo a Fliporto, IV janela internacional cinema do Recife, Festival internacional de teatro com objetos e tantas outras novidades.

Bjos!
Equipe Entre palcos e coxias.


Sábado e Domingo

(29 e 30/10)


* Projeto Ouvindo Musica

Show: Tibério Azul

Santander Cultural

29/10

17 h

R$5,00 / R$2,50

[musica]

Para conhecer melhor o trabalho do cantor: http://tiberioazul.com.br/


*Cordel do amor sem fim

Teatro Arraia

29/10

20h

R$20,00 / R$10,00

[teatro]

A peça se passa na cidade de Carinhanha, sertão baiano. Na cidade vivem três irmãs - a velha Madalena, a misteriosa Carminha e a jovem sonhadora Tereza, por quem José e apaixonado.

Ver critica no blog: palcosecoxias.blogspot.com/2011/10/cordel-do-amor-sem-fim.html


* Projeto O solo do outro

Teatro Hermilo Borba Filho

29/10

19h

Entrada franca.

Apresentação de 03 bailarinos que farão solo de dança.


*Kaíros

Cia independente de dança (CE)

Teatro Santa Isabel

29/10

20h

R$ 5,00

[dança]

Festival de dança do Recife

Ver vídeo do espetáculo: http://www.youtube.com/watch?v=vOrmf7CwSX8


* Erendira

Teatro Joaquim Cardozo

29 e 30/10

20h

R$10,00

[teatro]

A adaptação do conto de Gabriel Garcia Marques. A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada, volta para uma segunda temporada. Três anjos acompanham essa história de troca de valores morais e conceitos deturpados num universo lúdico envolvente.

Ver critica no blog: http://palcosecoxias.blogspot.com/2011/10/erendira.html


* Pluft, O Fantasminha

Teatro Valdemar de Oliveria

29 e 30/10

16h30

R$20,00 / R$10,00

Contato: 3222.1284 | 3222.1200

[teatro]

A peça conta a história do rapto da Menina Maribel pelo cruel e ridículo Pirata Perna-de-Pau. O vilão esconde a menina no sótão de uma velha casa abandonada, onde vive uma família de fantasmas: a Mãe, que faz deliciosos pastéis de vento e conversa ao telefone com Prima Bolha; o fantasminha Pluft, que nunca viu gente; Tio Gerúndio, que passa o dia inteiro dormindo dentro de um baú; e Chisto, o primo aviador.

Ver critica no blog: http://palcosecoxias.blogspot.com/2011/10/pluft-o-fantasminha-o-que-eu-achei.html


* Alaska

Cia de dança Zeinblum (Arg)

Teatro Santa Isabel

30/10

20h

R$5,00

[dança]

Festival de dança do Recife

Ver vídeo do espetáculo: http://www.youtube.com/watch?v=YvpZnoOMxcM&feature=related



* O Palhaço
Cinemas do shoppings: Recife, Boa vista, Tacaruna e Guararapes.
Várias sessões
[cinema]


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O ingrediente que faltava


Às vezes eu queria que você estivesse aqui. Ou melhor, todas as vezes. Porque essa casa sem você fica muito grande, muito vazia. Na verdade, não é isso o que me dói. Dói ver sua presença na ausência. Isso mesmo! Pois os móveis da minha casa falam de ti, de nós. Lembro-me de cada peça. Compramos juntos. Montamos juntos. Rimos juntos. Arrastamos os móveis de um lado para o outro. Deitamos juntos. Mas era preciso você ir embora. Só não precisava ter me levado consigo. Agora, encontro-me sozinho, na minha casa e sem possuir-me, sem saber quem sou, sem ter a mim mesmo. Isso dói. Machuca. No entanto, o que machuca mais não é a saudade de ti, mas a saudade da nossa história, da nossa construção. Dizem que não nos apaixonamos pelo outro em sim, mas pela terceira pessoa nascente dessa relação. Terceira pessoa chamada de nós. Uma terceira pessoa melhor, mais feliz, mais leve. Eu fui mais eu quando estava ao seu lado. Engraçado isso, não é? Agora não sei ser eu mesmo. Culpa minha, na verdade. Culpa nossa. Culpa sua. Encontro-me, nesse exato momento, tentando fazer um bolo de aniversário para o Tiaguinho quando essa reflexão e esses sentimentos me visitam. Horário inconveniente para tal hóspede adentrar, não é? Não consigo cozinhar. Tento concentrar-me. Leio o livro de receitas. Procurando quem sabe uma receita para tal solidão, tal desconforto. Assombro-me ao perceber a harmonia com a qual cada ingrediente é descrito e mensurado. Um insight tenho nesse momento! Descobri qual ingrediente faltou na nossa relação: o cuidado pelo nós em detrimento do cuidado apenas com o eu ou o tu. Cuidado com aquilo que mais nos identificava: nossa relação. Confesso que a partir desse momento o Tiaguinho terá o melhor bolo de aniversário. Pois colocarei nessa receita o aprendizado de hoje. O tempero do cuidado. Tempero que existe na minha relação com o Tiaguinho, meu lindo sobrinho. O cuidado único, belo e singular de cada relação. E mesmo não te tendo ao meu lado. Um sorriso tímido invade o meu rosto. Por entender que o cuidado da nossa relação ainda pode ser mantido, aqui dentro de mim!

domingo, 23 de outubro de 2011

Cordel do Amor sem Fim!!!!!

Foto: Deyse Leitão


INSTIGANTE,  QUESTIONADOR E REFLEXÍVEL! Acredito que a reunião dessas palavras definem satisfatoriamente o espetáculo cordel do amor sem fim.

Ontem, fui assistir pela segunda vez o cordel, muito feliz pela nova temporada que estreou nesta sexta-feira no Teatro Arraial; e apesar de já conhecer a peça, foi impossível não me sentir lançada no universo daqueles personagens, que desde a entrada no teatro, nos rouba a atenção e sentimentos.

O público enquanto procura seus assentos, é invadido pelos personagens que já estão em cena, todos carregados de suas composições, tocando instrumentos que misteriosamente, me conduziam como aos rituais de ubanda, com as batidas dos tambores,  dos chocalhos, da espécie de corneta com som forte tocado pelo personagem José, apitos, suspiros e os olhares que entranhavam-se em minha alma.

O texto da baiana Cláudia Barral, conta a história de  três irmãs totalmente diferentes, que moram no sertão baiano, às margens do rio São Francisco.

A irmã mais velha, Madalena, é uma mulher dura, fria, de traços e personalidade forte, que não consegue sair de casa, pois suas pernas perdem a força se assim o fizer. A outra irmã, Carminha, se mostrou ingênua, mas sagaz, divertida, viva, instigante e simpática, que por muitas vezes se mostra fechada, misteriosa,  por guardar um segredo: o amor recolhido que tem por José, que estava de noivado marcado com sua irmã mais nova. A sonhadora Teresa é a irmã mais jovem da narrativa, uma menina doce, graciosa, que traz no seu olhar a esperança do amor verdadeiro.

No dia do seu noivado com José, um homem que guarda consigo um amor agressivo, Teresa vai ao porto comprar farinha, situação em que conhece aquele que se tornara o grande amor da sua vida, o viajante Antônio; começando ai toda a trama de grandes tormentos que envolve uma trágica história de amor.

Foto: Deyse Leitão


Ciúme, posse, paixão escondida, medo e o amor que muitas vezes é confundido com a loucura, são esses alguns dos sentimentos, que com excelência, o diretor Samuel Santos explora no espetáculo.

A marcação, iluminação e cenário estavam impecáveis e harmônicos, toda a sonoplastia é feita ao vivo, com instrumentos artesanais, que simulam animais, ruídos, que expressam dor, suspense, prazer. ENCANTADOR!

Apesar de tudo me cativar na apresentação; de longe, a atuação do elenco foi o que mais me impressionou desde a primeira vez que fui assistir a peça.

A construção dos personagens me estimula, excita, pois cada um tem sua forma única de falar, andar e impor-se no palco, individualmente respeitando a "bolha" do outro, fazendo com que cada um dos atores "sejam" e "sendo"... o outro possa "ser"... acontecendo a perfeição cênica que o espetáculo nos presenteia.

Após a apresentação, todos os atores, de forma intimista, se coloca à disposição da platéia para conversar um pouco e trocar experiências, oportunidade em que, ficamos mais impressionados ainda com o profissionalismo e capacidade dos atores.

A atriz Nazaré Sodré, que interpreta a protetora Madalena, brilhantemente afirmou que com o passar dos anos em cartaz, os atores foram perdendo a ingenuidade com que olhavam o texto, pois sendo forte e belo como é, não poderia ser construído de forma frágil ou melindrosa, fortaleza e ousadia característica própria de Samuel Santos.

Impossível sair daquele universo místico sem questionar-me sobre o amor e a forma com que o exergo na minha vida.

A que distância está do amor, a pessoa que em nome dele é capaz de matar? Seria a morte o limite do amor? Seria o tempo e a distância capaz de matar algo tão vivo?

O amor é o de soltar, esse de prender é vaidade!

Evoé

SERVIÇO
Espetáculo “Cordel do Amor de Fim”
Em cartaz a partir desta sexta-feira (21) até o dia 3 de dezembro, às 20h
Teatro Arraial – Rua da Aurora, nº 457, Boa Vista
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Mais informações: 3134-3012

"Quer TC?" - Agenda Extra!!!



Quer TC?

O intérprete-criador, Rodrigo Silbat, se propôs a investigar a associação entre a solidão e a procura de relações sexuais e afetivas, em destaque as amorosas, por meio das salas de bate-papo e dos sites de relacionamento disponíveis na internet. O advento e a multiplicação das possibilidades dos usos tecnológicos apontam para algumas alterações que transformam nossas experiências de corpo, pensamento, trabalho, espaço, tempo e s...ociabilidade.
As interações na rede não se dão diretamente entre indivíduos, mas entre imagens, projeções de um corpo físico em pixels de uma câmera lenta, o que provoca a ausência de intimidade entre os homens, suscitando uma condição de isolamento corporal e afetivo. A sensação é de estar imerso em uma realidade outra, que toma toda a atenção e o aparato perceptivo configurando um espaço a ser explorado.

Datas:

23/11 - Workshop (máximo de 20 pessoas) - Na CASA MECANE
24/11 - Espetáculo - Na CASA MECANE
25/11 - Espetáculo - Na CASA MECANE

Valor: R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia entrada)

Obs: Mandar para se inscrever currículo para o e-mail: hudsonwlamir@yahoo.com.br

Ficha Técnica:

Concepção, Direção e Coreografia: Rodrigo Silbat
Assistente de Direção: Anádria Rassyne
Orientação Dramatúrgica: Luana Menezes
Consultoria em Composição Coreográfica: Lara Machado
Consultoria em Performance: Naira Ciotti
Concepção Cenotécnica: Rodrigo Silbat, Ronaldo Costa, Arlindo Bezerra e Caju Oliveira
Desenho de Luz: Ronaldo Costa
Figurino: Rodrigo Silbat
Trilha Sonora: Flor de Manga
Captação e Edição de Vídeo: Michel Heberton e Lucas Cavalcante
Fotografia e Programação Visual: Brunno Martins
Assessoria de Imprensa: Herzog Comunicação e Assessoria
Produção Executiva: Arlindo Bezerra e Caju Oliveira
Elenco: Rodrigo Silbat

Contato:

Hudson Wlamir
Produção Local
81. 8882.2729/9699.2729

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

FUNCULTURA 2010/2011

Extra!!! Extra!!! Saiu a lista com os aprovados no FUNCULTURA.



Galerinha, o tão esperado resultado final do fundo Pernambucano de incentivo à cultura saiu... e com ele, boas novas para alguns queridos, como Samuel Santos, que merecidamente, teve o projeto do espetáculo "A terra dos meninos pelados"  e Renata Muniz e Maria Agielli, com o espetáculo Leve, aprovados.

Foram aprovados:

-18 projetos de teatro
-21 de dança
-4 de circo
-1 de ópera
...etc

Confiram a lista aqui: RESULTADO FUNCULTURA

Agenda!

Começou ontem o 16º Festival Internacional de Dança do Recife, que acontecerá até o final desse mês, para alegria dos amantes da dança.

Ainda nesse final de semana tem opções de cinema com a programação do Festival de Cinema Infantil e quem vai deixar saudades é o Festival de Circo com suas últimas apresentações na cidade.

Agenda:

Sábado

22/10/11

* Cédric Andrieux

Teatro Santa Isabel

19h

R$ 5.00

[dança]



* Praça do Arsenal da Marinha

A partir das 16h até às 20h.

Quem estiver pasando pelo local terá a oportunidade de assistir vários espetácuos circenses. É só aparecer por lá.

[circo]


* Os três ladrões

Cinema da fundação

14h

R$5.00

[cinema]

Sinopse: Uma pequena pricesa é sequestrada e levada por trÊs ladrões para uma caverna,dái em diante, tudo muda e de sequestradores eles passam a reféns daquela garotinha.



Domingo

23/10

* Teatro Apolo

Amanhã é depois!Hoje é brinquedo.

10h

[teatro]


*Festin -Cia. soma

Teatro Santa Isabel

20h

R$5.00


Destaque:

Espetáculo “Cordel do Amor de Fim”

Em cartaz a partir desta sexta-feira (21) até o dia 3 de dezembro, às 20h
Teatro Arraial – Rua da Aurora, nº 457, Boa Vista
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Recomendadíssimo! Não percam!



O Cordel voltou!!!!




Gentemmm, para a minha felicidade e a alegria geral da nação, o espetáculo Cordel do amor sem fim voltou com nova temporada no Teatro Arraial.

Já fui ver o espetáculo, e se eu puder, irei umas 300 vezes mais (não é Naná? kkkk ).

Não deixem de ir. É encantador...fascinante!

Evoé





SERVIÇO:

Temporada do Espetáculo Cordel do Amor sem Fim
Local: Teatro Arraial
Horário: 20h
Datas: 21/10 a 03/12 (sextas e sábados)
Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)
Ingressos antecipados: Loja Açúcar e Afeto (Espinheiro)
Contatos: oposte.oposte@gmail.com | cordelamorsemfim.blogspot.com
(081) 8835 6304 | (081) 8727 8057 | (081) 9415 7062 | (081) 8768 5804

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Água!


Férias. Depois de um delicioso e demorado café da manhã, aproveito para passear um pouco. Acredito que acordei mais concentrado, mais reflexivo, pois todas as minhas ações perderam o ritmo frenético costumeiro. Saio andando pelo resort. Deparo-me com um rio. Um rio calmo, bonito. Não resisto ao som das águas, a cor das águas claras, o contorno de “quase um quadro impressionista” feito pela natureza ao redor. Então, sento-me. Permaneço em silêncio e continuo a observar, sentir tudo. Porém, algo chama minha atenção. Vejo as águas do rio correndo mansamente mesmo diante de obstáculo: pedras, galhos de árvores etc. Faço um teste. Jogo uma pedra no rio. O formato da água muda, amolda-se, mas logo ganha sua cadência normal. Jogo uma folha. E a vejo sendo carregada pelo movimento das águas. Isso mesmo, a palavra de ordem é MOVIMENTO. Movimento que é gratidão, ação, força, desejo. De repente, enxergo minha vida. Quanta coisa perdi porque não fui movimento? Porque esperei o movimento do outro! Não telefonei. Não disse que amava. Não pedi desculpas. Não abracei. Não chorei. Cartas não escritas. E-mails não respondidos. Chamadas não atendidas. Visitas proteladas para um futuro incerto... E me sinto vazio. Vazio por não ter sido movimento, por não ter sido vida, não ter sido amor. Uma lágrima rola em minha face. E até aí a água diz: m-o-v-i-m-e-n-t-o. Como num salto ergo-me numa tentativa de quebrar o ciclo das minhas acomodações. Abro a caderneta. Pego uma caneta e escrevo: “Hoje, escolho a vida, o movimento em detrimento à morte, à estagnação...” E lembro que o poeta estava certo ao cantar: “...é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. Porque o amanhã e o tempo também são movimentos!

sábado, 15 de outubro de 2011

Espetáculo LEVE

Fotos: Breno César
Sinopse: o espetáculo “Leve” transporta para a cena as sensações, os sentimentos e os questionamentos do ser humano diante da morte. O trabalho foi criado sob a perspectiva de quem viveu a perda, a partir das vivências das criadoras-bailarinas Maria Agrelli e Renata Muniz. A concepção do espetáculo surgiu das reflexões das duas artistas, que lidavam de forma diferente, e até mesmo divergente, sobre a perda de pessoas próximas. As variadas perspectivas de encarar a morte serviram de suporte para a criação de Leve, abarcando a complexidade e intensidade do tema proposto. As sensações de impotência, saudade, dor, raiva, desespero, vazio, alívio se mesclam na cena do espetáculo, desvelados pelo corpo das bailarinas e pelo ambiente criado para este trabalho. Um espetáculo-instalação de dança que une coreografia e improvisação, propondo a imersão do público em uma atmosfera mística, intimista e lúdica.


Meus amores, permitam a frieza de começar essa postagem com a sinopse criada pelo coletivo lugar comum, pois dessa forma eu serei fiel ao real sentido e mensagem desse espetáculo, sem que a minha leitura dê outra conotação ao da criação do Leve. Bem... não tendo eu fugido do compromisso de falar da montagem para vocês,  sinto-me livre para contar o que esse espetáculo causou em mim, e a leitura que tive dele!

"É preciso fechar os olhos para poder te ver!" É esta frase que até agora ecoa dentro de mim, sendo a causadora de um rebuliço que desde a madrugada vem roubando o sono, dispertando novidades, questionando sentimentos.

De forma misteriosa, fui inserida no universo do espetáculo leve, que intimista,  me levou a participar diretamente da contagiante explosão que as bailarinas Maria Agreli e Renata Muniz causam nos espectadores.

Ao sentar-me no palco, observando aqueles translúcidos tecidos, como que escorridos ao vento, tive a sensação de estar diante de um ventre, onde dois fetos encontravam-se espremidos pelas entranhas que os formavam... dava vida.

Em poucos instantes, as posturas das bailarinas me causou desconforto...um incômodo, uma angústia... começando a fazer com que uma mistura de sentimentos começassem a dialogar dentro de mim. Era uma mistura de desespero, vontade de chorar, vazio, com alívio, liberdade, e satisfação. Tão distintos e tão parecidos sentimentos!

Sei que o espetáculo traz em tela os diferentes olhares em relação a morte, mas a linha que separa a morte da vida é tão tênue que as vezes ao falar e refletir sobre uma, me faz ser inserida no universo da outra, e vice versa, causando dúvidas, sentimentos inominados, que por vezes merecem um pouco mais de atenção, como
está sendo o caso.


Não seria preciso morrer para descobrir-se vivo? Não seria a morte um desejo de vida? Tais dúvidas passam a ser prepoderantes nesta nostálgica madrugada de sábado.

Não estaria eu morrendo em vida, quando aos poucos vou descobrindo minhas misérias e a loucura e o transtorno passam a querer me dominar? Viva... e sem vida! O que seria a morte então?

Percebo que preciso morrer para muitas de mim, pois assim talvez eu consiga enxergar-me quão viva eu estou!

É preciso fechar os olhos para me ver!

Espetáculo mais do que perfeito.. diria intrigante.

Evoé

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Agenda

Esse final de semana Recife está “bombando.”

Festival de Circo, Virada Cultural, Festival Internaciona de Cinema Infantil e Carnaval fora de época.

Muitas e boas opções. Fica ao gosto do Freguês.

Algumas dicas para essa sexta-feira (14.10) e final de semana:


Hoje. Sexta-feira:

*Espetáculo de dança “LEVE.” - Coletivo Lugar Comum

Teatro Arraia (R. da aurora 457, Boa Vista)

20h00 – Entrada Franca.


* O homem que amava rapazes – Cia ETC

Casa Mecane (Av. Visconde de Suassuna, 338)

22h00 – Entrada Franca [dança]


* Rox, Xox, Fox - Cia ETC

Casa Mecane ( Av. Visconde de Suassuna, 338)

21h00 – Entrada Franca [dança]


* Clube do Samba Encontro de Bambas.

Com: Gerlane Lopes, Karynna Spineli, Geraldo Maia, Belo Xis, Paulo Perdigão e Mariene de Castro.

Marco Zero [ música]


Sábado 15.10.11

* “Divinas” – Duas Companhias (PE)

Teatro Barreto JR.

21H00

Classificação livre

[teatro]


*Poli, o fusquinha de polícia.

Cinema são Luiz

14h00

Entrada: R$5.00

[cinema]


* PE Folia

Toma conta da avenida de Piedade: Claudia Leite, Cheiro de Amor, É o Tchan e muitas outras atrações.

[micareta]


Domingo 16.10.11

*Murmures Des Murs

Teatro Santa Isabel

18h00

Classificação: 10 anos

Direção: Victoria Thierrée Chaplin (neta do grande Charles chaplin)

[teatro]


*Cordel do amor sem fim

Teatro Hermilo Borba Filho ( R. do Apolo, 121. Bairro do Recife)

18h00

[teatro]


*A terra dos meninos Pelados – da arte em Foco

Teatro Arraial ( R. da Aurora,457, Boa Vista)

16h30

[teatro]


*Pluft, o fantasminha

Teatro Barreto Junior ( Pina)

18h00


Para Maiores Informações:

http://www.festivaldecircodobrasil.com.br/

http://www.festivaldecinemainfantil.com.br/2011/

http://viradamulticultural.rec.br/

http://www.pefolia.net/




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Paleta de cores



Preto. Branco. Cinza. É interessante, mas para mim a vida não tem cor. Talvez seja pela dureza do passado ou, por uma cegueira afetiva, sei lá! Contudo, não consigo ver beleza tão falada.
Acordei. Troquei os lençóis brancos. Tomei o café preto. Vesti a camisa cinza. Cinza, confundido não só com o ar impuro da cidade, mas também com os rostos carregados de tristezas, preocupações.
Porém, uma cena chamou minha atenção. Uma criança correndo. Levava na mão uma flor. Flor pequena, um pouco murcha. Entretanto, para ela, aquela era a flor mais rara e bela. Entregou a mãe. Forte abraço trocaram. Um abraço demorado. Gostoso. E mãe disse: “Filho, mamãe te ama. E ama não pela flor que trazes, mas pela flor que és para mim”. Naquele momento, sorri. Porque vi uma cor jamais vista em uma paleta de cores. E meu mundo ficou colorido. As escamas da dor caíram dos meus olhos. E, hoje, vejo o mundo ao redor com o olhar da poesia. Pela cor: amor-gratuito!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Não existe idade para dançar.



“Para dançar, basta querer se divertir! Basta amar a si próprio, amar a vida! Quem dança é, com certeza, mais feliz e fica mais próximo de Deus. Ninguém precisa dar satisfação de nada por causa da forma como está dançando. Dançar é uma expressão da alma e ponto. Cada um dança do seu jeito e dane-se o preconceito. Acreditem: todos vocês podem e devem dançar. A dança torna-se portadora da alegria e, isso transcende a arte... Passa a ser lição de vida.” Sylvio Lemgruber

O vídeo é também uma homenagem as nossas crianças. Amanhã 12 de Outubro o dia é todo delas!


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Preta de neve e 1 anão!


Apesar de não ser meu estilo de teatro preferido, neste domingo fui assistir a comédia musical adulta dirigido por Jeison Wallace, que como todos sabem, interpreta a tão conhecida e amada Cinderela.

No enredo, a não convencional princesa Branca de neve, que após um incêncio na floresta fica negra, não foi muito agraciada pela inteligência, se deparando com um príncipe homosexual, que tem um caso amoroso com o único anão da história.

Em meios a Jambos envenenados (e não a tradicional maçã), palavrões e humor escrachado, a singela história que contamos às nossas crianças, dá espaço á provocação do riso.

O cenário nos remete a um espetáculo infantil, muita cor, efeitos especiais e material pesado, ou seja, muito lindo. O figurino muito bem acabado e bonito de se ver, ambos de Roberto Costa.

Mas o que me encantou de verdade foi a maquiagem dos atores. Esta foi de uma perfeição, de um zelo...

Contudo, Data Vênia ao Gugga Macel, eu não gostei do texto! Achei o roteiro um pouco solto, com muitas "brechas", o que por vezes tornou a apresentação repetitiva, e por vezes sem graça.

Ainda falando na estética do espetáculo, eu achei que não houve um bom equilíbrio do palco, pois a marcação dos atores, por vezes mostrou-se desorganizada.

Permita-me abrir um parentese quanto ao trabalho pretendido pelo Jeison.

Realmente sei que não é impossível; mas realizar um teatro besteirol com a excelência da Trupe do Barulho, é quase um feito, um milagre! Pois o trabalho do grande Aurino Xavier, Flávio Luiz, do Gil Araújo, e os demais integrantes da trupe, é digno de todo reconhecimento e tiradas de chapéus.

Comparações indevidas à parte (rsrsrsrs), na minha opinião o espetáculo foi regular (levando em consideração as observações feitas), pois sempre é bom dar risadas, e receber a alegria que os humoristas nos transmite.

O espetáculo está em cartaz no Teatro Boa Vista, aos sábados e domingos às 19:30.

Evoé

domingo, 9 de outubro de 2011

Erendira!






Poesia. Essa é a melhor palavra para definir a substância que corre na veia de Jorge Féo. A cada trabalho dele fico impressionado com seu olhar sensível, humano e poético. Costumo compará-lo ao Rei Midas, pois tudo o que ele toca torna-se belo, bom, enfim, vira ouro. Por isso, ontem, ao ver a peça Erendira, saí mais rico porque vi, toquei e absorvi um pouco dessa riqueza.
A marcação dos atores em cena foi feita de maneira primordial. Trazendo, assim, movimentos as cenas e amplitude ao palco do teatro Joaquim Cardozo. Pois, ali, já não cabia tanta plástica poética em alguns metros quadrados.
A iluminação, a sonoplastia, o figurino e o cenário envolviam qualquer espectador na atmosfera da composição teatral. Mas confesso que nisso tudo se pôde ver a marca de Jorge Féo. Marca de cuidado, de carinho, de generosidade (essa é a palavra, G-E-N-E-R-O-S-I-D-A-D-E!). Não só com o trabalho feito, como também com o público presente.
Os atores deram um show à parte. Destaque para Elilson Duarte: marcação de cena, presença de palco, improvisação e interpretação envolvente. Romero Brito: voz, canto, interpretação, sentimento, sentimento. Sim, muito sentimento que esse pequeno-grande homem-ator transmite. Surpreendendo a cada instante. Isis Agra: sorriso, entonação, olhar... Tudo nela parece perfeito, parece uma boneca. Contudo, numa desenvoltura peculiar ela consegue atravessar, como ninguém, os rios da dor e da alegria, da ficção e da verdade, do real e da poesia.
Aplausos também para a maquiagem. A gota prata no rosto dos personagens-anjos e seus olhos bem marcados reforçavam as expressões e os sentimentos ali contidos.
Erros? Sim, eles também estavam lá. No entanto, desculpe-me desapontá-lo, caro leitor, porque os erros foram ínfimos diante de tanta beleza naquele teatro. Não conseguiram para a poesia que emanava dali. Ouso dizer, nisso vimos a grandeza dos atores presentes, pois diante das adversidades conseguiram transformá-las em ouro como o mestre que os guia bem faz.
Hoje é domingo. Escrevo esse texto as 08h30. Chove. Compreendo, dessa maneira, a gratidão do Universo por essa apresentação devolver ao homem hodierno a poesia perdida no dia a dia. E como Erendira eu digo a você: É a melhor, vá e volte!

Erendira
Sábados e domingos de outubro – 20h. Preço único R$ 10,00
Teatro Joaquim Cardozo
Texto e direção: Jorge Féo.
Elenco: Isis Agra, Jay Mello, Elilson Duarte, Romero Brito e Pedro Queiroga.
Realização: Anjos de Teatro
(As fotos postadas nesse blog são de Cristina Holanda.)

sábado, 8 de outubro de 2011

PLUFT, O fantasminha!!!! (O que eu achei)



Um pouco de doçura ao meu domingo! Esta é uma definição simples e resumida da minha opinião em relação do espetáculo sob a direção do fofíssímo Antonio Rodrigues.

Falando nele, o Toni estava radiante no segundo dia de apresentação de Pluft, o seu brilho no olhar revelava todo orgulho da sensação de trabalho cumprido e revelava um pouco da graciosidade que estava por vir.

O texto tão conhecido de Maria Clara Machado, tomou vida com a ajuda do elenco tão vivo e entregue aos personagens.

Manuela Costa, querida como sempre, interpreta a mãe de pluft, uma fantasma voloptuosa, ativa e que pelo fato de ter sempre "vivido" no teatro com sua família fantasma (pois seu marido era o fantasma da ópera) acha sempre que está atuando, chamando a atenção.

Em relação à marcação do personagem de Manu, só acho que tem muita saida de cena, e algumas delas desnecessárias, roubando por vezes a atenção do espectador.

Quanto ao Protagonista, trata-se de um rapaz de rosto suave e belo sorriso, que oferece a Pluft uma singeleza e pureza própria de um fantasminha do bem.

Meus parabéns especiais vai para a atriz que interpretou o pirata que sequestra Maribel (neta do capitão Bonança). A construção de personagem dela foi espetacular, tendo ela sido fiel a composição o tempo inteiro. Trabalho de corpo perfeito, marcação muito boa, voz composta (só precisa ter cuidado com as subidas de tom, as vezes foi além do necessário). Muito me encantou o trabalho dela!

No todo, cenário simples, mas completo, figurino e maquiagem perfeitos, iluminação boa e sonoplastia (e escolhas da música) bem trabalhada, o que não me surpreendeu, pois é bem característica da direção de Toni, que está me consquistando aos poucos.

A única coisa que poderia melhorar era o final, pois acho que não ficou bem "amarrado", deixando espaço para uma espectativa que não foi 100% suprida. Talvez se fosse explorado o verdadeiro sentido da amizade, ou mesmo qual é o verdadeiro tesouro da vida, poderia se ter um final mais completo.

No entanto, nada tirou a beleza do espetáculo que foi de um cuidado... muito encantador! Vale a pena demaissss assistir!!!!

Pluft está em cartaz no Teatro Barreto Júnior, 01 a 16/10/11| Sábados e Domingos às 16h30, e logo depois vai para o Teatro Valdemar de Oliveira: 22/10 a 27/11/11, apresentações no mesmo horário.

Evoé

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O nosso álbum.

Outubro 2011- Pluft, o fantasminha

PLUFT, O fantasminha!!!!



O grupo Cênicas Cia de Repertório está lançando o “Cênicas Núcleo Paralelo”, onde serão postas em práticas as atividades paralelas à sua pesquisa e que são realizadas no Espaço Cênicas em parceria com o grupo.

O primeiro fruto desta empreitada será o infantil Pluft, o Fantasminha no qual entram em cena atores do grupo e alunos e ex-alunos do curso de teatro ministrado no Espaço Cênicas.
Dando continuidade a pesquisa em cima dos clássicos infantis iniciada com Pinóquio e suas Desventuras, do italiano Carlo Collodi, decidimos beber na fonte de um do maior expoente da dramaturgia para infância e juventude no Brasil, Maria Clara Machado em sua obra de maior destaque: Pluft, o Fantasminha.
Escrito em 1955, “Pluft, o Fantasminha” é a peça mais popular de Maria Clara e até hoje é montada em vários lugares do Brasil e exterior.

A peça conta a história do rapto da Menina Maribel pelo cruel Pirata Perna-de-Pau. O vilão esconde a menina no sótão de uma velha casa abandonada, onde vive uma família de fantasmas: a Mãe, que faz deliciosos pastéis de vento e conversa ao telefone com Prima Bolha; o fantasminha Pluft, que tem medo de gente; Tio Gerúndio, que passa o dia inteiro dormindo dentro de um baú; e Xisto, o primo aviador que surge de vez em quando para ajudar os familiares. A trama se concentra na procura do tesouro do avô da menina, o Capitão Bonança, que morreu no mar deixando, a sua herança: o tesouro. Mas a grande chave da poesia teatral criada pela autora é a amizade que surge entre a Menina Maribel e o Fantasminha Pluft. Os momentos de comicidade ficam por conta dos amigos de Maribel, o trio clownesco João-Julião-Sebastião, que vai a sua procura para salvá-la.

SERVIÇO

Teatro Barreto Júnior
Estréia 01 até 16 de outubro de 2011
Sábados e Domingos as 16:30h
Ingresso R$20,00 e R$10,00 (meia entrada)
Fone: 81 3355-6398, 9609-3838


Pluft, o Fantasminha
Texto: Maria Clara Machado
Encenação: Antônio Rodrigues
Elenco: Raul Elvis, Manu Costa, Sônia Carvalho, Rhayanna Fernandes, Rogério Wanderley, Monique Nascimento, Biatriz Ribeiro, Renata Mendes.
Pesquisa Musical: Antônio Rodrigues.
Operação de Som: Vinícius Vieira.
Iluminação e operação de luz: Ana Catarina Maia.
Luzes artesanais: Luciana Raposo.
Adereços: Telma e Sônia Carvalho.
Figurinos e cenografia: Antônio Rodrigues.
Costureira: Francis Souza.
Desing Gráfico: Alexandre Siqueira.
Produção: Sônia Carvalho e Antônio Rodrigues.
Realização: Cênicas Núcleo Paralelo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Estréia.

É hoje meu povo!



Pluft, o Fantasminha

Teatro Barreto Júnior
01 até 16 de outubro de 2011
Sábados e Domingos as 16:30h
Ingresso R$20,00 e R$10,00 (meia entrada)

Fone: 81 3355-6398, 9609-3838