domingo, 29 de janeiro de 2012

Cinema in process

1- Oi! Não gosto muito de palavras. Falo pouco. Mas expresso muito com o que você vê em mim. 2- Oi! Gosto muito de falar. Sou amante das palavras. Nem todo mundo me enxerga, mas sei me fazer ver. N – Essa é a poesia. Pedindo licença para adentrar no mundo da imagem. Afinal de contas estamos falando de Cinema. Esse bem que poderia ser um recorte dos diálogos apresentados, ontem, na leitura dramática (ou no vigésimo ensaio – como marcou bem o diretor, Anderson Aníbal) do Cinema in process. A referida peça soube muito bem mexer com imagens e palavras. Um casamento perfeito que gerou dois filhos: simplicidade e linguagem poética. O cenário foi um chão preto demarcado com um retângulo branco. Ali era o palco. Onde os atores entravam e diziam suas falas. Apenas os personagens-narradores ousavam falar fora do palco. Palco? Prefiro chamar de fotografia. Sim. Porque a moldura branca e o figurino dos personagens remetiam a uma foto. Mais uma vez o cinema aludindo à poesia. Texto, simples e poético. Relações que se passam no cotidiano. Relações contemporâneas. Relações vividas e vistas, talvez, por mim e por você. Vistas pelos personagens que em meio as suas falas nos fitavam o tempo todo. Seríamos nós, espectadores, espelhos para eles? Fonte de inspiração? Segue algumas pontuações: Figurino da atriz Paulina Albuquerque. Um vestido roxo. Simples. Leve. No entanto, na cor trouxe a densidade da relação vivida, pela personagem, com o Ivan. Parabéns a Paulina. Poucas palavras, muita força, gestos precisos e uma carga dramática que transmitia o teor do conflito relacional. Figurino da atriz Hermínia Mendes. Figurino simples. Um vestido preto. Cobria a personagem do suicídio. Interessante notar a alegria, o entusiasmo dessa personagem que fazia contraponto com o desejo de morte. Bem colocado essa dicotomia: alegria-dor, vida-morte... Quase uma montanha-russa de sentimentos variados que também são vividos por nós diariamente. (Novamente me pergunto: platéia, és espelho ou inspiração?) Bernardo. Mais um personagem reflexivo e profundo vivido por Elilson Duarte. Que emprestou sua simplicidade dos gestos, delicadeza no olhar e alegria no viver ao personagem. Percebemos (para quem acompanha seus trabalhos) que não é o mesmo Elilson nem tampouco uma mistura de personagens anteriores. Mas ali era o Bernardo, gente como nós; Bernardo dor, angústia e indecisão que vivia ali. Parabéns pela cena com Hermínia. Foram gestos que silenciaram a palavra e, por isso, falaram muito. Parabéns pela cena do Jorge Féo, o Juliano. A força da morte, suas conseqüências... tudo foi ganhando ritmo, cor, peso naquela cena. Transportando-nos mais uma vez ao nosso dia a dia. Porém, tudo foi pouco diante da poesia da camisa vermelha ter sido coração transplantado. Parabéns para a cena dos corpos caindo, gritos, narrador falando e Brunno de Lavor tendo que está próximo de todos os corpos, pois era a função do seu personagem. Pergunto-me de novo: Não seria ali uma referência a sociedade hodierna que devido a relações fluídas (cito Zygmunt Bauman) homens e mulheres, a todo instante, sentem falta de um coração? De um afeto? Parabenizo a todos, pois Deleuze diz que a civilização da imagem é uma civilização do clichê. Mas o que vimos ontem estava, e está, muito além de ser clichê. Está crescendo, nascendo na arte da reflexão e da poesia. Sendo assim, dou louvor a todos da peça. Diretor: Anderson Aníbal e ao elenco: Brunno de Lavor, Daniel Barros, Elilson Duarte, Hermínia Mendes, Jorge Féo, Júlia Fontes, Luciana Canti e Paulina Albuquerque. Peço desculpas para quem leu essa crítica esperando encontrar um texto corrido. No entanto, quis ser fiel aos recortes vistos ontem. Por isso, o texto aparece como fotografias. E para você que não viu, saiba que Maio/2012 é a data prevista para estréia da peça. Termino parafraseando um texto comum ao teatro em Pernambuco: Cinema é ao vivo! Vá ver, então, Cinema in process!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O defensor de Descartes

Quinta-feira. 10 horas. A aula de filosofia corria tranquilamente. Tão tranqüila que me dava tédio, sono. Eu já estava cansado de ouvir sobre Platão, Aristóteles, Sócrates. Até porque, na verdade, eu queria não ser um amigo da filosofia nesse instante, mas um amante da filosofia, ou ter um amante para mim. Alguém com quem pudesse... De repente, meu pensamento é interrompido. Você entra na sala. Suado, correndo, atrasado. Acompanho sua chegada. Calça jeans surrada. Usada. Jeans no melhor estilo de quem sabe aproveitar a vida. Camisa branca, gola “V”. Mochila tipo carteiro, verde musgo. Parecia um aluno de ciências políticas ou de jornalismo. Não tinha óculos nem barba (nada é perfeito – risos tímidos). Mas tinha um sorriso sem igual. Um sorriso tímido que transmitia muito bem o limiar da beleza e da força, da doçura e da incerteza. Depois de um “bom dia” sem graça para o professor e para a turma, você olha para mim. Gelei e o pensamento parou! A aula continua. O professor discorre sobre o mal que o pensamento metafísico cartesiano trouxe para nossa sociedade. De repente, uma voz diferente rebate a argumentação na sala. Era sua voz. E o pior, defendendo Descartes. Fiquei indignado com aquilo. Entrei no jogo, na disputa argumentativa. E a aula ganhou força, estímulo, coragem. Nem parecia a mesma aula... Aula termina. Você se levanta. Passa na minha frente. Sua caneta cai. Pego-a. Grito. Devolvo-te. Querendo entregar a caneta e muito mais. Você sorri e diz seu nome. Começo a chamá-lo do “defensor de Descartes”. Saímos juntos. E a argumentação continua. Agora de maneira mais leve. Pois tudo era acompanhado pela melodia advinda do seu sorriso. Meia hora depois. Ríamos como dois amigos íntimos. Conhecidos há muito tempo. Muito mais coisas em comum realmente haviam entre nós. Coisas não ditas, porém sentidas e percebidas pelo sorriso, pelo toque, pelo silêncio, pelo olhar. Não me lembro como a conversa chegou a esse assunto. No entanto, de repente eu digo que não acredito mais no amor, que não acredito em romance e que preferi focar nos estudos, no trabalho. Você, contudo, diz que também desistiu de procurar por isso. Entretanto, hoje procura por alguém que não só divida a cama, mas divida o sorriso de bom dia ao acordar, e divida o colo ao chegar a noite do trabalho. Procura alguém que não te complete, porque sabe que somos seres faltosos. Mas alguém que o preencha. Preencha de amor, de si e do outro. Procura um amor errado, mas que seja verdadeiro e com cheiro de saudade. Nesse momento, viro o rosto. Uma lágrima rola em minha face. Parece que escuto uma música antiga e nova. Parece que toco um cristal fino, precioso. Não sei o que dizer, nem o que fazer. O medo de quebrar o cristal, “esse momento mágico” me paralisa. Numa sensibilidade única, você percebe minha inquietação. Você segura minha mão, aperta no seu peito e diz: “Não foi à toa que entrei naquela sala e que nossos caminhos se encontraram. Então, acabou seu momento de secura e ingratidão. Deixe-se guiar pelo que a vida tem de melhor: o livre exercício de tentar amar!”

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mamãe não pode saber (Cênicas cia. de repertório)

Sem pretensões maiores, numa terça-feira às 23 hrs, no espaço Muda foi apresentada a leitura de uma peça chamada "Mamãe não pode saber". A noite começou lenta, mas logo a casa estava cheia.

As luzes se apagaram e os atores começaram a entrar já de forma engraçada e impactante. Sônia Romualda interpretava uma narradora carrasco que tinha presença de palco, figurino e dava um ritmo mais que interessante ao enrredo surpreendente do espetáculo.

No início, a peça não estava parecendo tomar forma, nos fazer ver os cenários e os personagens que precisamos visualizar numa boa leitura. Dentro de alguns minutos, o texto parou de enrrolar na lingua, as frases foram tomando o tom necessario e os atores com "voz e corpo" deram voz e corpo a cada uma das pessoas dentro da casa. 

A história da peça gira em torno de uma família falída, que mora numa casa hi-po-tecada mas que vive numa realidade financeira de aparências. O pai, Arthur, interpretado por Alexandre, é um cadidato a político que tem sérias dificudades de decorar seus discursos e de exceder em qualquer aspecto necessario para um governante. Alexandre também faz o papel de Julinho, filho de Arthur, um adolescente que não está nunca em casa, a não ser quando precisa sair do seu estilo hip-pop-punk-alterna pra o estilo rave-reggae-pop-punk-praia, ou algo do tipo. E mais ainda, a filhade Arthur, Priscila também é representada por aAexandre, que brinca e faz rir ao fazer uma adolescente obrigada pela mãe à ser modelo para salvar a família da falência. 

Antônio Rodrigues interpreta o melhor amigo de jJlinho, Zepa, que também está sempre se sentindo fora de moda, assim como Moreira, uma espécie de relaçoes públicas de Arthur, mais corrupto que o aumento de 61% nos salários dos senadores. Toni representa também Júlia, a amiga de Priscila que come todo tipo de gulosema na sua frente, pra lhe fazer inveja, conta tudo que acontece pra sua mãe, e está sempre do lado de qualquer pessoa senão Priscila.

Toni também faz um curto papel como Parri, filho adotivo de Mamãe, interpretada por Bruna Castiel.
Bruna, na verdade, também representa Glória, esposa de Arthur, mãe de julinho e priscila.

Ana Souza na verdade é a úníca que representa somente um personagem, Flora, a empregada da casa que
sonha em ser atriz, e romanticamente se apaixona ao primeiro pedido de água, por Armando, motorista
da casa interpretado por Vinicius Vieira. 

Vinicius também representa Detetive Gomes que vem investigar o desaparecimento de Mamãe quando ela é sequestrada durante um blackout e tem um estranho sotaque de dublagem de filme americano. Tudo começa a dar errado quando a rede de mentiras, que Glória criou para extorquir dinheiro de Mamãe, começa a desfiar assim que ela fica sabendo sobre sua chegada de Paris para uma visita surpresa.

O texto em si tem vários aspectos irreverentes, como por exemplo, o fato de que os próprios
personagens em cena, confudem um personagem por outro por serem interpretados pelos mesmos atores.

A narradora faz pausas pra consertar o ritmo, o texto da peça, e é grosseira e objetiva na sua forma de disciplinar. O texto também foi adaptado para temas recentes, geografia local e canções atuais nessa apresentação.

Cada grupo de personagens tinham sua cena unica, nos dando uma profundidade maior sobre o que cada pessoa dentro casa, era, queria, ou sonhava ser.Os personagens são todos satíricos e cômicos, fazendo uma crítica conceitual à nossa sociedade, a grande ênfase dada às aparencias e a dor de cabeça das mentiras.

Foi um prazer "ver" um texto cheio de aspectos teatrais e cênicos retratados visivelmente no trabalho fantástico de voz e corpo dos atores que nos tirou da monotonia casual que pode ser uma leitura.

 Esta crítica foi escrita gentilmente pela cineasta e estudante de teatro Catarina Vaz, que esbanja talento, possuindo grande intimidade com as paravras e sensibilidade com as artes!

Retrato.

Chuva na Janela

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Diário de bordo



Eiiitaaaa que esse recesso de final de ano e férias de janeiro (para quem tem esse direito), causou um grande corre-corre, não é mesmo?

Mas 2012 chegou, e finalmente voltaram as aulas e por isso o diário de bordo está de volta com muitas coisas a serem compartilhadas!

#SÉTIMO DIA#

Entramos em outra fase do nosso curso, onde estamos explorando os jogos teatrais para as primeiras formações de desenvoltura para interpretação.

Para esta aula, tivemos que preparar uma esquete cujo tema foi um grande arrependimento, e confesso que ao contrário do que pensei, não foi nada fácil.

Iniciamos com um alongamento "leve" (aos olhos do diretor kkk), e posteriormente fomos conduzidos ao laboratório, onde experimentamos a convivência num manicômio.

O ambiente escuro, o linóleo iluminado apenas por luzes distantes e sombrias dispertavam sentimentos de angústia, culpa, e arrependimento... pronto... estávamos preparados para as apresentações das cenas!

Cena... que cena? kkkk Eu não preparei cena nenhuma... Toni ia me matarrrrr, daí foi quando eu aproveitei todo o envolvimento do laboratório para improvisar e num é que saiu alguma coisa.

Nasceu Mônica, uma mulher que após um descontrole emocional causado por ciúmes e brigas com o esposo, se envolveu, por imprudência, em um acidente de carro, tendo nele perdido a sua filha Yasmin, com apenas 3 aninhos, que faleceu no local.

Após a perda da filha, a dor e o arrependimento foram tão grandes que levaram a personagem à loucura, estando ela (na cena) internada num sanatório, com a ingênua ilusão de que a pequenina Yasmin voltará como num passe de mágica para buscá-la.

Após a apresentação, fiquei muito feliz com a minha "abertura" ao improviso, ao passo que até então eu não havia preparado nada... mas, percebo que os meus vícios antigos ainda permanecem muito marcantes, como os gestos excessivos com as mãos, a voz que se perde em alguma fala insegura, e a maldita zona de conforto que me "socorre" quando não estou devidamente preparada.

Apesar de tudo, gostei muito do resultado da esquete, não só a minha, mas as dos meus colegas, com destaque especial ao velhilho nostálgico do Bruno e da mulher que muito amou da Regina, que deram um show de abandono à proposta do jogo!

E vamos que vamos...

Para a próxima aula, temos mais uma esquete, eu venho aqui contar para vocês, combinado?!

Evoé

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Agenda!

Agora que a Luiza voltou do Canadá e o Carlos Nascimento deu piti nos chamando de “poucos inteligentes” vamos ao que de fato interessa: Hoje é Sexta-feira e a nossa agenda está pronta!

18° Janeiro de Grandes espetáculos
20. 21 e 22 /01 (Sexta, Sábado e Domingo)



* M
ANUAL PRÁTICO DE FELICIDADE

Dois atores desdobram-se em várias personagens nessa divertida e poética história de uma dona de casa, que com medo de lidar com as dicotomias da vida familiar, cria um universo imaginário para se proteger das adversidades cotidianas.


Teatro Marco Camarotti (SESC de Santa Amaro)
20/01 (sexta-feira)
19h
1:15h - duração
12 anos - Indincação
R$10.00 (Preço único)



*CAPIBA,VALSA E CHORO

Com quatro cds gravados e dois deles dedicado ao Mestre Capiba, numa reunião de seus choros e valsas, uma das mais elogiadas pianistas do Recife,Elyanna Caldas,revive parte desse repertório, já divulgado também na França. Participação especial de Bozó no violão de 7 cordas e George Rocha no pandeiro.


Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela)
20/01 (Sexta-Feira)
20h
1:15h - duração
12 anos - Indicação
R$10.00 (Preço único)



*AS LEVIANAS EM CABARÉ VAUDEVILLE

Um banda "brega-cult" de palhaças canta e toca ao vivo pérolas do repertório de divinas da música, como Edith Piaf, Ella Fitzgerald, Dolores Duran e Nina Simone, além de hits da música pop, conhecidos nas vozes de Diana, Madonna e Marquinhos Moura, entre outros clássicos popularíssimos.



Teatro Santa Isabel
20/01 (Sexta-Feira)
21h
1h - duração
14 anos - indicação
R$10.00(Preço único)


*ASSIM ME CONTARAM, ASSIM VOU CONTANDO...


A divertida e poética trama desta peça está centrado nos palhaços Pitomba e Severino da Gota Serena, que com instrumentos musicais e elementos cênicos revivem histórias como a do vento Ventinho, a centopeia Doroteia e a galinha Galinhola,em meio a números de circo e poesia que só os dois sabem fazer.


Teatro Marco Camarotti (Sesc de Santo Amaro)
21/01(Sábado)
16h
50min - duração
livre - indicação
R$10.00 (Preço único)


* O CIRCO DO FUTURO - UMA AVENTURA MUSICAL

Numa estação espacial, o jovem Bruno,um garoto do futuro, não conhece a mãe,afastada de seu convívio porque frequentou o proibido planeta Terra e ajudou animais. Hoje, ela dirige uma trupe circense, enquanto o menino sonha em visitar um circo, sem nem desconfiar que a família pode estar reunida novamente. A peça conta com a presença do Palhaço chocolate.


Teatro Santa Isabel
21/01 ( Sábado)
17h30
55min - duração
Livre - indicação
R$10.00 (Preço único)


*DIVINAS

Em clima de brincadeira e poesia, três atrizes se transformam em palhaças contadoras de histórias,Uruba,Zanoia e bandeira. Juntas elas atravessam tempos e geografias diversas numa caminhada sobre a delicadeza e a força na busca dos sonhos. Tudo em diálogo com a música, a poesia popular os bonecos e a arte do palhaço.


Teatro Hermilo Borba Filho
21/01 (Sábado)
19h
1h - duração
livre - indicação
R$10.00 (Preço único)



*GERALDO MAIA CANTA CHICO

Tendo o acompanhamento apenas de Vinícius Sarmento no violão de 7 cordas, uma das mais belas vozes de Pernambuco, Gelraldo Maia, interpreta o repertório de Chico Buarque, com destaque para suas criações dos anos 1970. O show será inteira mente acústico, sem qualquer recurso de microfonagem.


Teatro Capiba(SESC de Casa Amarela)
21/01 (Sábado)
20h
1:10h - duração
10 anos - indicação
R$10.00 (Preço único)



* FÁBRICA DE CANÇÕES COM ISABELA MORAES


Natural de Caruaru e preparando seu terceiro CD, a cantora e compositora Isabel Moraes apresenta um show com muita poesia e personalidade,agregando valores da cultura cordelista como base de sua influência cultural. No repertório, composição prórias e de P.C Silva, Helton Moura,Vertin Moura e Pablo Patriota.


Teatro Apolo
21/01 (Sábado)
20h
1:40h - duração
livre - indicação
R$20.00 e R$10.00



*CAXUXA

Neste musical para todas as idades, quatro crianças e um homem, que vivem e trabalham na rua, brincam e resolvem sonhar acordados, partindo da ideia de que todo ser humano tem sempre o desejo de, em algum momento, se sentir outro, metamorfosear-se.


Teatro de Santa Isabel
22/01(Domingo)
10h30
50min - duração
livre - indicação
R$10.00 (Preço único)


* O PIRATA TUBARÃO E O ÍNDIO XAVANTE


Atrapalhado Pirata Tubarão usa vários disfarces para roubar as pedras preciosas da tribo do chefe Xavante, na floresta amazônica,mas o índio conta com a ajuda de duas crianças espertas para impedir isso, enquanto procura um remédio para curar seus filhos doentes.


Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro)
22/01(Domingo)
16h
55min - duração
livre -indicação
R$10.00(Preço único)


* PLUFT, O FANTASMINHA

Interessado no tesouro do capitão Bonança, o cruel Pirata Perna-de- Pau rapta e esconde a neta dele, a menina Maribel, em uma casa abandonada onde vivem fantasmas como Pluft, que tem medo de gente, mas vai encantar-se com a po ssibilidade de amizade com a garota.


Teatro Luiz Mendonça(Parque Dona Lindu)
22/01 (Domingo)
16h
52min - duração
livre - indicação
R$10.00 (Preço único)


* ABRACASABRA! A MÁGICA MORA AQUI

Com mais de dez anos de experiência, o jovem mágico Rapha Santacruz criou uma proposta interativa que mescha ilusionismo com as atividades do dia a dia e pitadas de humor. Situação como arrumar a casa,regar as flores e encher o aquário, são cenário para a mágica acontecer, dando um toque de poesia no atribulado cotidiano.

Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela)
22/01 (Domingo)
20h
40min - duração
livre- indicação
R$10.00(Preço único)




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Despir-me


Água água água água água sede sede sede sede sede sede ausência vazio secura falta solidão desejo eu: você! Isso mesmo na sua ausência percebo a sede de ti e o desejo que me leva a querer preencher o vazio do amor sentido por ti outrora quase como loucura há uma secura para resolver isso como quem resolve uma cálculo matemático mas o único problema a ser resolvido é o que fazer na sua ausência diante da sede de te ter aqui sede de te beber de sorver até a última gota e sorver-me em amor de volta para ti. Percebo que antes preciso fazer algo preciso despir-me porém despir-me não de minhas vestimentas mas desnudar de minhas ilusões de meus sonhos de meus “achismos” de toda fantasia criada como um castelo no desejo de te prender a mim. Pior preciso desnudar de mim mesmo desnudar de ti em mim. Toco-me choro por sentir esvaindo de mim a segurança e a certeza de teu amor e fico mais uma vez na solidão da dúvida do futuro incerto se terei você de novo em mim aqui........................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Começo a sorrir ao perceber que livre de mim. Livre de minhas fantasias prisioneiras um sentimento invade o meu peito. Sentimento que acelera meu batimento cardíaco. Sentimento que aquece meu corpo. Dilata meus olhos. Um sentimento de paixão e de desejo. Agora não mais mesclados de mim, mas livre de mim sou todo desejo por ti. E, assim, posso dar-me a ti porque antes fui livre para ser meu. Fui eu em mim e agora posso ser eu em ti. Na presença-ausência da incerteza do amor que habita nosso lar: teu corpo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Amour, acide et noix



Fotos: Luiz Carlos Filho

Domingo à noite. Teatro Santa Isabel lotado. Fui ver o espetáculo de dança chamado Amour, acide et noix (Amor, ácido e nozes) da companhia canadense de Daniel Léveillé Danse. Espetáculo onde ao som de Vivaldi três bailarinos e 1 bailarina dançam completamente nus durante todo o momento. Isso mesmo, totalmente nus. Começo daí a questionar-me se esse não seria o motivo da casa cheia. Pois tenho ido a apresentações de dança e não vejo público grande para tal feito (infelizmente, diga-se de passagem!). No entanto, com um pouco de estudo e pesquisa percebo que a nudez na dança é bastante comum nos países lá fora. E, talvez, a curiosidade e um pouco de cultura “provinciana”, que ainda marca o Recife, instigaram o público lotar o teatro numa noite de domingo. Faço um lembrete e ressalva para parabenizar a Cia. Etc. pelo espetáculo Darkroom. Pois eles – estudiosos, antenados com o mundo – trouxeram o nu para dança num espetáculo ousado e criativo na cidade do Recife muito antes dos canadenses. No tocante ao espetáculo de ontem, a temática era abordar” a solidão e a importância do toque tendo como a pele, o corpo como única alternativa de leitura”. Pude notar alguns movimentos repetitivos durante a dança. Isso criou uma atmosfera um pouco cansativa. (Não seria esse o motivo do público se mexer tanto nas cadeiras até fazer barulho? Ou seria porque o público “incomodado” não estava acostumado com a dança? Bem, sigamos...). O que de fato impressionou foi o trabalho de corpo dos bailarinos. Impulso, respiração, força, sincronia tudo isso para expressar a força e a dor da solidão, da angústia. Duas cenas, ressalto: O solo de Justin Gionet onde transmitiu a angústia, a solidão. Angústia essa que me fez pensar nas relações com o outro. Angústia essa que me reportou a dança anterior onde Justin Gionet dançava com Mathieu Campeau e pareceu-me ali uma relação amorosa com encontros, toques, brigas, afastamentos e reaproximações. A segunda cena que ressalto é o momento em que os 4 bailarinos estão em cena, parados. E ao som de pássaros e um texto em inglês a iluminação vai mudando, bem como suas posições no palco. Lembrando árvores ganhando vida. Ou até mesmo a própria poesia dando vida ao amor que por ora é ácido, mas também é doce.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O humor de tango, bolero de cha, cha, cha

Foto: Deyse Leitão


Texto: Eloy Araújo.
Direção: Bibi Ferreira.
Direção técnica: Ronaldo Tasso.
Iluminação: Paulo Cézar Medeiros.
Trilha sonora: Andrea Zeni.
Figurinos: Marcelo Marques.
Cenário: José Dias.
Elenco: Edwin Luisi, Alice Borges, Johnny Massaro, Carolina Loback e Pedro Bosnich

Uma noite de muitos risos e descontração... foi o presente que o espetáculo "O humor de tango, bolero e cha, cha, cha" proporcionou aos espectadores que foram prestigiar o texto de Eloy Araújo, sob a direção de Bibi Ferreira nesta noite de sábado (14/01/12).

Trata-se da história de um homem, que após anos de casamento com Clarice, tendo da união sido gerado um filho, resolve abandonar o lar, sem explicações ou sequer ter deixado notícias.

Dez anos depois de abandonar subitamente o casamento e o lar, Daniel envia uma carta, um tanto quanto "profunda", explicando sua volta, para Clarice (Alice Borges), a esposa abandonada, que passa a viver um conflito cômico de sentimentos, que varia entre revolta e euforia.

Ocorre que, ao sair de casa, Daniel não abandonou apenas seu lar, mas ele deixou para trás uma vida inteira, uma vida messmmoo, pois ele assumiu sua opção e condição de transexual, voltando ao Brasil, agora casado com um lindo e jovem Italiano.

Boa parte da narrativa do espetáculo envolve justamente a revelação desta nova realidade, Daniel que agora é Lana Lee, mas que ao retornar à casa de Clarice e seu filho adolescente, se apresenta como Daniela, que seria uma "prima" sua.

Apesar de não ter gostado um pouco do texto, achando-o muito clichê, o humor de tango, bolero e tcha tcha tcha, conseguiu arrancar muitos risos meus e de toda a plateia.

O espetáculo é muito maduro quando se apresenta como um humor escrachado, uma comédia rasgada, porém muito "limpa", sem apelação, o que muito me agradou.

Reconhecimento e parabéns especial ao trabalho dos atores Edwin Luisi (Lana Lee) e Carolina Loback (Genevra) que deram um show de interpretação e trabalho de corpo.

O elenco, bem como a direção, teve o zelo de pesquisar características e trejeitos própios de Pernambuco, e da nossa cultura Recifense, que tornaram o espetáculo e a interação com o público muito intimista.

Com piadas que variavam entre a polêmica, comicidade, e transgressão, a direção de Bibi Ferreira parece ter conquistado o público Recifense, que teve sua noite de sábado muito mais agradável.

Evoé

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Agenda - Janeiro de Grandes Espetáculos

Esse menino, essa menina, desde o dia 11/01 está acontecendo na cidade o evento “Janeiro de Grandes espetáculos”, que está em sua décima oitava edição. É muita coisa para conferir, um deleite para quem ama teatro, arte e cultura. Vamos aproveitar!


13 14 e 15/01 Sexta, Sábado e Domingo


* 9 MENTIRAS SOBRE A VERDADE

A Premiada atriz gaúcha Vanise Carneiro vive Lara, uma dona de casa cheia de desejos, que faz figuração em filmes e colore sua realidade misturando memórias e imaginação. Tanto que busca um grupo de apoio a mentirosos compulsivos. Contemporâneo o espetáculo aborda o tema da identidade e nossas pequenas esquizofrenias cotidianas.


Teatro Marco Camarotti ( SESC de Santo Amaro)
13/01
19h
1h de duração
Indicação 14 anos
R$ 10.00 (Preço único)



* CORDÕES E SOB A PELE


Dois trabalhos curtos em dança comtemporanea. No primeiro, com a baiana Carolina Laranjeira,uma investigação a partir do encontro com a brincadeira do cavalo marinho e seus princípios criativos(corporais,musicais e visuais) No segundo, com a bailarina Patrícia Pina Cruz, os Códigos da dança moderna são referencia e ruptura para um corpo com marcas do tempo que aderem como se fossem impressões digitais.

Foto: Cordões

Teatro Hermilo Borba Filho

13/01
21h
25 min e 30 min
Indicação 12 anos
R$10.00 (Preço único)




*TANGO, BOLERO E CHA CHA CHA

Nesta comédia de mal entendidos, o ator Edwin Luisi vive Lana Lee, personagem que já lhe rendeu diversos premios no teatro, uma transexual que um dia se chamou Daniel, foi casado com uma mulher e tem um filho.Des anos depois de abandonar repentinamente a família, ele – agora ela –retorna ao lar para explicar o sumiço e apresentar seu novo marido.


Teatro Luiz Mendonça ( Parque Dona Lindu)
13 e 15/01 Sexta e Domingo ás 21h, no Sábado dia 14/01 ás 21:30h
Duração:1:40h
Indicação 14 anos
R$20.00 e R$10.00



* O URUBU COR DE ROSA

Rosauro é um urubu que, além de ter penas de cor diferente,recusa-se a comer carne.De uma forma descontraída e com boa dosagem de romantismo, a peça coloca em discussão temas como preconceito e a convivência harmoniosa entre as diferenças.


Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro)
14/01
1h
Indicação Llivre
R$10.00 (Preço único)



*AMOUR,ACIDE ET NOIX

Ao som de Vivaldi, o elogiado espetáculo da companhia canadense traz á cena quatro bailarinos, sendo uma mulher, totalmente nus durante toda a encenação. Assim, abordam a solidão e a importância do toque como infinita ternura, tendo a nudez como a única alternativa verdadeira para a leitura do corpo. Afinal, não é a pele o verdadeiro vestido do corpo?


Teatro Santa Isabel
14/01 Sábado ás 21h e 15/01 Domingo ás 19h
1h
Indicação 18 anos
R$20.00 e R$10.00





*NEM SEMPRE LILA

Lila é uma menina que caiu num buraco depois de viver uma historia sem “o feliz para sempre” dos contos de fadas: a separação dos pais. Num dia de domingo, ela embarca na brincadeira de ser a história e costura contos infantis com a sua própria vida.

Teatro Marco Camarotti ( SESC de Santo Amaro)
15/01 Domingo
16h
40min
Indicação Livre
R$10.00 (Preço único)

Queria escrever...



Queria escrever um poema. Faltou-me a rima. Tentei escrever um trocadilho. Interessante perceber: não sabia o que “trocar” nem com quem “trocar”...

....

Preciso escrever... Preciso externar tudo o que há aqui dentro. Tudo o que dói, fere, esquenta, inquieta. Mas não sei por onde começar, como fazer. Travo só em pensar nas concordâncias, nas noites sem dormir provocadas pelas regras gramaticais.

...

Olho para o papel em branco, mexo e remexo a caneta entre os dedos. E um desespero toma conta de mim quando me dou conta de que se passaram, terríveis, 15 minutos e nenhuma linha escrita... Ideias não me faltam. Há muitos pensamentos aqui...

...

Levanto-me. Vou comer algo. Dizem que a fome atrapalha o processo criativo (ou qualquer outro processo – risos). De repente, ouço uma música. Um pouco distante, porém a letra e a melodia são inconfundíveis. Era a nossa música. Tocada numa noite de sábado, durante a virada de ano. Música que foi trilha sonora enquanto nossos olhos enganavam a razão que tentava nos desviar. Música ouvida por nós dois e despercebida por centenas de pessoas ao nosso redor. Música que falava de mim e de você. Música que ecoa até hoje ao lembrar do seu sorriso. Música... Música...

...

Começo a escrever. Faltava-me inspiração. Faltava-me você. Faltava-me acessar você em mim. Faltava-me encontrar um pedaço de você no que há de inteiro em mim: o amor!

...
Hoje, ouvi uma música ...”

Escrito por Luiz Carlos Filho

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Retrato.

Uma das malas pertencentes ao presidente Juscelino Kubitschek - Fotografada no Catetinho (Primeira Residência Oficial em Brasília - DF).

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Braços


Madrugada em Recife. O calor é grande. E eu querendo algo diferente. Não sei dizer o nome ainda. Nem sei se saberei dizer em algum momento o que quero. Interessante perceber que nesse quarto apertado onde tantas vezes dormimos juntos relembro que eu nunca soube lidar com a questão da falta, da ausência. Sim, o calor está infernal, mas eu queria, agora, o calor do seu corpo ao lado do meu. Porque não há melhor despertador de manhã cedo do que sentir o cheiro de um corpo amado e amante. Atualmente, tenho acordado só. E relembro que a melhor coberta que tive foi o seu corpo, o melhor travesseiro para desaguar minhas dores e mágoas foi o seu ombro. Sem falar que adorava quando eu sentava na cama e você sem nada dizer, apenas, passava a mão carinhosamente nas minhas costas. Puxa, aquilo não era apenas um carinho. Aquilo era um tributo à presença, à certeza. Pois naquele gesto eu ouvia: “ei, calma que estou bem aqui... junto com você”. Hoje, ao meu lado, há almofadas, lençóis... e o quarto que só tem 4m x 3,90m parece-me menor. Porque falta você bem aqui. Recordo-me que sua presença, nosso amor faziam desse quarto o local maior e mais belo em que duas pessoas poderiam estar. Ah... não sei mais o que dizer, o que escrever. Esse texto é fruto de um coração confuso, solitário que deseja expressar não só a sua ausência, mas a dura contradição de viver sem ti. Então, só para você saber: quero de volta o calor e o aconchego de acordar nos seus braços. Braços que para mim sempre foram muito mais do que partes do corpo humano. Braços, sinônimos de onipotência de um amor-refúgio onde eu encontrava a doce alegria de ali permanecer calado, seguro... permanecer...
Escrito por Luiz Carlos Filho

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Janeiro de grandes espetáculos

Oi gente linda!!!!!!

E aew, como foi o ano novo de vocês heim? Aproveitaram muito?

Como deu para perceber, eu tive direito a um pequeno recesso lá no escritório, afinal de contas, advogada também é gente. Mas já estou de volta para, junto com Paulo Couto, Leomarque Lira e Luiz Carlos, agitar o palcos e coxias neste ano que chegou!

2012 chegou já trazendo um presentão cultural para nós, o 18º janeiro de grande espetáculos que acontecerá entre os dias 11 a 29/1.



Segue abaixo a lista dos espetáculos selecionados. Em breve, divulgaremos as datas e horários das apresentações, combinado?

Resustado

Nos encontramos por ai!

Evoé