quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sorriso de quem come doce de goiaba da vovó...

Hoje, 2 anos e meio que estamos juntos. E eu ainda perguntando-me: Como você chegou? Como me deixei cair apaixonado assim? Lembro com doces lágrimas nos olhos e um sorriso gostoso (sorriso de quem come doce de goiaba da vovó e se lambuza) que você chegou num dia de chuva. Mal sabia eu que você seria esse sol de amor a iluminar bem aqui dentro de uma forma ímpar. Eu estava chato, seco, amargurado. Tinha saído de um relacionamento doentio, uma dependência afetiva enorme. Não queria me envolver com mais ninguém. Mas quando vi você sorrindo, com seus óculos de grau tão charmosos, tão ar de intelectual, seus cabelos cacheados como cabelos de anjos de literatura... confesso que vacilei, tremi! Você olhou para mim. Sorrio. Fiquei sem graça. Achei que era com todos, menos comigo. Você persistiu no sorriso. Fiquei com medo. Disse para mim que não era tempo para abrir a outra pessoa. Desejei que você sumisse. Até que seus amigos passaram por perto de mim. Você teria que passar ali. Para piorar, você decorou meu nome. Maldita hora em que o professor de Semântica elogiou meu trabalho na frente de todos. Você chegou perto. Sorrio. Tocou no meu braço. Disse meu nome. Nervoso. Ansioso... sei lá que doidice me deu. Comecei a falar, falar... e disse: “olha, nem vem, tá! Não quero ninguém. Não quero me envolver, não quero me apaixonar, não quero dar esperanças para o meu coração tão sofrido e que, hoje, tenta se restabelecer. Coração que tenta se erguer, tenta se encontrar e parece que só faz chorar e sangrar”. E você sorri. Um sorriso ingênuo e ao mesmo tempo malandro. Um sorriso de menino-homem. Um sorriso encantador. Um sorriso silêncio-palavra. Um sorriso conquistador. (Ai, tenho tanta raiva desse seu sorriso, porque diante dele fico sem palavras! – risos tímidos). Olhou para mim e disse: “Não estou aqui para te pedir em casamento, nem tão pouco para te pedir em namoro. Estou aqui porque faz tempo que te observo, te admiro, te venero. Não quero magoar você. Sei de sua história, de suas dores. Suas amigas me contaram. Quero apenas te amar de outra forma. Quero ter a chance de te amar do lado de dentro. Do lado de dentro do coração. Onde ninguém ainda foi e onde sei que você precisa disso. Porque olhar para você é ter a certeza de que: amar é mais do que curar as feridas. Amar é cuidar o campo antes que essas feridas surjam. E mesmo lá, se elas surgirem, eu quero ser o médico de suas feridas da alma nas noites frias”.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Texto grnade não é amigo...kkk!! Porém muitooooooo bom....como sempre!!!! O título muito bom tbm...bem diferente!!! Famativo, sugestivo....amei!!! Parabéns!!!Ass: Valeria patricia

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  3. Luiz Carlos:

    Pra variar mais um texto lindo e cheio de emoção que nos remete a um mundo mágico de encatamente e bem estar. Abraços meu querido, obrigado por fazer parte da minha vida.

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  4. Que texto gostoso de se ler,muito apaixonante.Amei


    GIH

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