sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Um rito de mães, rosas e sangue



Foto: Tuca Siqueira
Texto Original: Federico Garcia Lorca
Tradução: Almir Rodrigues
Dramaturgia, Encenação
e Argumento: Cláudio Lira

"Traz à cena uma livre licença poética das Três Tragédias Rurais de Federico Garcia Lorca: “Bodas de Sangue”, “Yerma” e “A Casa de Bernarda Alba” em um espetáculo ritualístico ambientado num não lugar aqui presente, o qual o tempo e o espaço não são geometrizados, medidos e comparados. Tudo é reinventado e metaforizado, na cena. Nesse contexto a personagem da MÃE é o foco central do ritual cênico, é o elemento aglutinador das forças que regem a natureza, é ela que dita às regras do jogo nos três quadros que dividem a encenação. No primeiro quadro, com o título, “A escura raiz do grito”, versamos sobre a memória e o futuro da MÃE no momento posterior aos acontecimentos da tragédia do texto de Lorca “Bodas de Sangue”. É o desabafo de uma MÃE perante suas lembranças, seus fantasmas e o infortúnio da morte. No segundo quadro, “A Casa de Bernarda”, um universo sufocante e claustrofóbico é instaurado pela MÃE Bernarda Alba, que com mãos de ferro, condenando as suas filhas a um luto eterno, até que alguma delas se case. No terceiro e último quadro, “Yerma Plural”, desvendamos as várias Yermas, que se revezam, à medida que as suas esperanças vão se dissipando, na busca incessante pela maternidade. Toda a costura desse tecido cênico é feita por duas personagens opostas, Maria Josefa, a “louca” mãe de Bernarda que anceia por vida e liberdade e pela mendiga, símbolo de agouro presente em alguns textos de Lorca, figura que, segundo o próprio autor, a morte na iconografia dos seus textos" Fonte: Blog Um rito de mães


Quando eu fui assistir esse espetáculo, eu havia saído de uma prova de 5 horas de duração, ou seja, eu estava completamente "destruída", muito cansada messssmmmooo, tendo eu ido ao encontro dos meus amigos lindos apenas para não ir para casa, sem nenhuma pretensão de assistir nada.

Mas, como não poderia ser diferente, resolvemos assistir o espetáculo um rito de mães, rosas e sangue, que está em apresentação no teatro Hermilo, e que para minha felicidade, me fez esquecer um pouco o cansaço e a preocupação da prova.

Meus amores, vocês não tem noção do quão fantástico foi a apresentação! Para início de conversa, quando entramos no teatro, os atores já estão em cena, meditando...isso mesmo...meditando, fazendo com que,mesmo que de forma involuntária, todos sejam contagiados por uma energia maravilhosa.

O espetáculo é forte, vibrante...é de uma poesia que se extende a todos os elementos da cena... da expressão corporal dos atores até às gaiola que cada personagem traz consigo.

Como sempre, muito me encantou a atuação da atriz Auricéia Fraga, que é de uma naturalidade, de uma firmeza...com uma pitada de pureza que com certeza, a todos causa reconhecimento.



A iluminação perfeita, sonoplastia elaborada, em quase sua totalidade, pelos próprios atores, sendo muito agradável todo trabalho de canto dos mesmos, que graças à Deus não desafinaram. rsrsrsrs

Por fim, e para o meu apaixonamento, eles encerram o espetáculo retornando à energia da meditação, fazendo com que o cliclo se feche de forma bem harmônica.

Amei e indico o espetáculo! Com certeza assistirei novamente!
OBS: Se eu não me engano, este é o último final de semana de apresentação no teatro Hermilo, sábado às 21h e domingos às 20h.
Evoé


3 comentários:

  1. o Espetaculo é feliz, acertado em todos os aspectos.
    Simplismente adorei!

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  2. Amigo, temos que ir este final de semana né? Como é q a gente vai fazer? São as últimas apresentações mesmo?

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  3. Engraçado que eu tive a mesma sensação quando assisti o espetáculo cordel do amor sem fim... vou postar a crítica ainda (opinião, melhor né?)

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