quinta-feira, 29 de março de 2012

Fabinho e a chuva

Fabinho era um menino de 6 anos. Sorriso largo. Cabelos lisos e poucos cachos. Cabelos castanhos. Fabinho era branquinho e cheio de sardas no rosto. Parecia até menino de desenho animado. Ele adorava brincar com o seu cachorro “smart”. Fabinho rolava com o cachorro pelo chão da sala. Fabinho era bom em matemática e em inglês. Sua mãe sentia muito orgulho do filho. Fabinho adorava quando chovia. Gostava de tomar banho de chuva. De sentir os pingos d’água tocar o seu rosto, o seu corpo. Adorava o som da chuva tocando o chão, o telhado. Dizia que aquilo para ele era a orquestra de Deus. Tudo muito harmonioso. Fabinho amava o cheiro das flores. Ou melhor, ele tinha um olfato muito apurado. Dizia que cheiro de comida vindo da cozinha era sinal de que os anjos estavam em festa, pois sua mãe – segundo ele – cozinhava para conquistar os anjos. Fabinho era muito amado por sua família, por sua mãe. Só não entendia, às vezes, em que ele escutava sua mãe chorando sozinha e repetindo: “por quê? Por quê? Por quê?” Nessas horas, Fabinho se sentia triste. Deixava de ser aquele garoto alegre, sorridente e vestia as roupas da tristeza, da dúvida e da insegurança. Somente uma coisa acalmava Fabinho tocar o rosto de sua mãe, abraçar seu cachorro “smart” e comer algodão doce. Fabinho gostava das coisas simples e era cego. Mas ele continuava belo acima de qualquer “defeito”.

Um comentário:

  1. Texto diferente meu amigo? Mais muito bom, triste mais reflexivo. Nos monstra que não devemos deixar coisas tolas nos abater.
    Ass: valéria patricia

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