quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Paleta de cores



Preto. Branco. Cinza. É interessante, mas para mim a vida não tem cor. Talvez seja pela dureza do passado ou, por uma cegueira afetiva, sei lá! Contudo, não consigo ver beleza tão falada.
Acordei. Troquei os lençóis brancos. Tomei o café preto. Vesti a camisa cinza. Cinza, confundido não só com o ar impuro da cidade, mas também com os rostos carregados de tristezas, preocupações.
Porém, uma cena chamou minha atenção. Uma criança correndo. Levava na mão uma flor. Flor pequena, um pouco murcha. Entretanto, para ela, aquela era a flor mais rara e bela. Entregou a mãe. Forte abraço trocaram. Um abraço demorado. Gostoso. E mãe disse: “Filho, mamãe te ama. E ama não pela flor que trazes, mas pela flor que és para mim”. Naquele momento, sorri. Porque vi uma cor jamais vista em uma paleta de cores. E meu mundo ficou colorido. As escamas da dor caíram dos meus olhos. E, hoje, vejo o mundo ao redor com o olhar da poesia. Pela cor: amor-gratuito!

Um comentário:

  1. Luiz você é maravilhoso! Ai ai... quanta poesia. Parabéns pela centésima vez.

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