domingo, 15 de janeiro de 2012

O humor de tango, bolero de cha, cha, cha

Foto: Deyse Leitão


Texto: Eloy Araújo.
Direção: Bibi Ferreira.
Direção técnica: Ronaldo Tasso.
Iluminação: Paulo Cézar Medeiros.
Trilha sonora: Andrea Zeni.
Figurinos: Marcelo Marques.
Cenário: José Dias.
Elenco: Edwin Luisi, Alice Borges, Johnny Massaro, Carolina Loback e Pedro Bosnich

Uma noite de muitos risos e descontração... foi o presente que o espetáculo "O humor de tango, bolero e cha, cha, cha" proporcionou aos espectadores que foram prestigiar o texto de Eloy Araújo, sob a direção de Bibi Ferreira nesta noite de sábado (14/01/12).

Trata-se da história de um homem, que após anos de casamento com Clarice, tendo da união sido gerado um filho, resolve abandonar o lar, sem explicações ou sequer ter deixado notícias.

Dez anos depois de abandonar subitamente o casamento e o lar, Daniel envia uma carta, um tanto quanto "profunda", explicando sua volta, para Clarice (Alice Borges), a esposa abandonada, que passa a viver um conflito cômico de sentimentos, que varia entre revolta e euforia.

Ocorre que, ao sair de casa, Daniel não abandonou apenas seu lar, mas ele deixou para trás uma vida inteira, uma vida messmmoo, pois ele assumiu sua opção e condição de transexual, voltando ao Brasil, agora casado com um lindo e jovem Italiano.

Boa parte da narrativa do espetáculo envolve justamente a revelação desta nova realidade, Daniel que agora é Lana Lee, mas que ao retornar à casa de Clarice e seu filho adolescente, se apresenta como Daniela, que seria uma "prima" sua.

Apesar de não ter gostado um pouco do texto, achando-o muito clichê, o humor de tango, bolero e tcha tcha tcha, conseguiu arrancar muitos risos meus e de toda a plateia.

O espetáculo é muito maduro quando se apresenta como um humor escrachado, uma comédia rasgada, porém muito "limpa", sem apelação, o que muito me agradou.

Reconhecimento e parabéns especial ao trabalho dos atores Edwin Luisi (Lana Lee) e Carolina Loback (Genevra) que deram um show de interpretação e trabalho de corpo.

O elenco, bem como a direção, teve o zelo de pesquisar características e trejeitos própios de Pernambuco, e da nossa cultura Recifense, que tornaram o espetáculo e a interação com o público muito intimista.

Com piadas que variavam entre a polêmica, comicidade, e transgressão, a direção de Bibi Ferreira parece ter conquistado o público Recifense, que teve sua noite de sábado muito mais agradável.

Evoé

Nenhum comentário:

Postar um comentário