Foto: Deyse Leitão |
Texto: Eloy Araújo.
Direção: Bibi Ferreira.
Direção técnica: Ronaldo Tasso.
Iluminação: Paulo Cézar Medeiros.
Trilha sonora: Andrea Zeni.
Figurinos: Marcelo Marques.
Cenário: José Dias.
Elenco: Edwin Luisi, Alice Borges, Johnny Massaro, Carolina Loback e Pedro Bosnich
Uma noite de muitos risos e descontração... foi o presente que o espetáculo "O humor de tango, bolero e cha, cha, cha" proporcionou aos espectadores que foram prestigiar o texto de Eloy Araújo, sob a direção de Bibi Ferreira nesta noite de sábado (14/01/12).
Trata-se da história de um homem, que após anos de casamento com Clarice, tendo da união sido gerado um filho, resolve abandonar o lar, sem explicações ou sequer ter deixado notícias.
Dez anos depois de abandonar subitamente o casamento e o lar, Daniel envia uma carta, um tanto quanto "profunda", explicando sua volta, para Clarice (Alice Borges), a esposa abandonada, que passa a viver um conflito cômico de sentimentos, que varia entre revolta e euforia.
Ocorre que, ao sair de casa, Daniel não abandonou apenas seu lar, mas ele deixou para trás uma vida inteira, uma vida messmmoo, pois ele assumiu sua opção e condição de transexual, voltando ao Brasil, agora casado com um lindo e jovem Italiano.
Boa parte da narrativa do espetáculo envolve justamente a revelação desta nova realidade, Daniel que agora é Lana Lee, mas que ao retornar à casa de Clarice e seu filho adolescente, se apresenta como Daniela, que seria uma "prima" sua.
Apesar de não ter gostado um pouco do texto, achando-o muito clichê, o humor de tango, bolero e tcha tcha tcha, conseguiu arrancar muitos risos meus e de toda a plateia.
O espetáculo é muito maduro quando se apresenta como um humor escrachado, uma comédia rasgada, porém muito "limpa", sem apelação, o que muito me agradou.
Reconhecimento e parabéns especial ao trabalho dos atores Edwin Luisi (Lana Lee) e Carolina Loback (Genevra) que deram um show de interpretação e trabalho de corpo.
O elenco, bem como a direção, teve o zelo de pesquisar características e trejeitos própios de Pernambuco, e da nossa cultura Recifense, que tornaram o espetáculo e a interação com o público muito intimista.
Com piadas que variavam entre a polêmica, comicidade, e transgressão, a direção de Bibi Ferreira parece ter conquistado o público Recifense, que teve sua noite de sábado muito mais agradável.
Evoé
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