terça-feira, 29 de novembro de 2011

Paloma para matar - uma comédia musical onde a platéia escolhe o final


Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que esse tipo de peça não é das minhas preferidas. Mas ainda bem que não sou chamado a ficar preso a só uma visão do mundo. Sendo assim, fui aberto a aprender, encontrar coisas novas nesse espetáculo. Ao adentrar no teatro, o público (e eu também!) é recebido pelas cortinas do palco abertas, cenário montado e frases do boas-vindas e um som ambiente. Som esse que remetia a boate. Aparentemente, tudo reforçava uma cultural gay e trash.
A peça, enfim, começa. Demoro um pouco a dar as primeiras risadas. Mesmo todo o restante da platéia já está fazendo isso. Algumas piadas e performances me cheiram a lugar comum. No entanto, o brilho da peça ganha outra cor com a atuação de 3 atores: Filipe Endrio (neste dia substituiu o Reyson Santos no papel da Jurema), Cristiano Cândido (fazendo o Gabriel) e Reinaldo Patrício (Natasha). Antes da peça começar, já sabia da substituição de alguns atores devido a imprevistos quanto à saúde e quanto a outros trabalhos do elenco. Então, ver a participação de Filipe Endrio chamou-me mais minha atenção. Ele teve um feeling muito bom com o elenco. Acredito que ele fez algumas improvisações e ficaram muito boas. Realmente, antes da peça, não daria para perceber que ele não fazia parte do elenco. Muito boa escolha. Bom profissional ele! O Cristiano Cândido me surpreendeu por apresentar não só um rosto bonito e de galã da peça. Mas ele tem um trabalho muito bom de postura, de voz e de corpo. Por fim, Reinaldo Patrício também foi uma surpresa para mim. O trabalho de corpo dele é incrível. E pareceu-me um ator rico às improvisações, ao feeling do que estava acontecendo no palco. Bem, Paloma para matar é uma comédia que satiriza e homenageia o mundo das divas pop. É uma peça muito boa para rir. Sim, há dias que não queremos ver uma peça de Shakespeare, ou não queremos refletir horrores. Mas queremos distrair, esquecer os problemas e rir. Para quem deseja isso, vale a pena conferir essa peça. Ah, e para quem estava curioso, eu rir muito, viu! Outro ponto interessante é que a peça ficou em cartaz durante dois anos e foi a primeira peça em Pernambuco a trazer essa interação do público escolher o final. Pois a peça tem 3 finais. Onde em um dado momento, o público é consultado. Boa sacada, essa interação. Alguns lembretes importantes:

A temporada da peça deste ano terminou. No entanto, há planos para retornar após o carnaval.
A peça é da Cia. Hórus visão cênica. Essa companhia promete uma nova peça no próximo ano. Em paralelo com Paloma para matar. Ou seja, Paloma não morrerá (risos).
O texto de Paloma para matar é de Luciano Costa. E a direção é de Lano de Lins. Termino por aqui agradecendo o convite do ator Reinaldo Patrício de convidar o blog Entre palco e coxias, na minha pessoa, para ver a peça. E aguardando as surpresas dessa Companhia e mais risadas para 2012.
Texto escrito por Luiz Carlos Filho

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